As desordens do nervo óptico ou neuropatias ópticas englobam um grupo de doenças que podem ameaçar seriamente a visão. Elas podem ocorrer de forma isolada ou fazer parte de um quadro neurológico ou sistêmico. Além do glaucoma, que também atinge o nervo óptico num padrão característico, as principais neuropatias ópticas são:
Papiledema – Termo utilizado para designar o edema do nervo óptico secundário à hipertensão intracraniana. Na maioria dos casos é bilateral e geralmente está associado à cefaleia e diplopia (visão dupla). Deve ser bem investigado para afastar a possibilidade de lesões tumorais ou expansivas do sistema nervoso central.
Neurite óptica – Geralmente decorrente de processo inflamatório que atinge o nervo óptico em que o paciente apresenta baixa visual e dor à movimentação ocular. Pode ser secundária à doença desmielinizante, em especial a esclerose múltipla.
Neuropatia óptica isquêmica – Representa o infarto do nervo óptico, é mais comum em idosos e se caracteriza por perda súbita e edema de disco óptico. Pode estar associada à doença reumatológica, no caso da neuropatia óptica arterítica ou ser uma condição multifatorial na afecção não arterítica. Neste último caso, pacientes hipertensos, tabagistas e com doença ateroesclerótica apresentam risco maior de desenvolver a doença.
O nervo óptico também pode ser afetado por doenças oculares como as uveítes, pelo uso de drogas e medicamentos como o embutamol e a isoniazida e por doenças sistêmicas como a diabetes.