O glaucoma é uma doença ocular que atinge diretamente o nervo óptico, ocasionando a perda de células da retina responsáveis por enviar impulsos nervosos ao cérebro.
Neste artigo, vamos entender mais sobre o que é o glaucoma, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ligada ao aumento da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo óptico. Como consequência, há o comprometimento da visão. Se não tratado adequadamente, pode causar cegueira.
A perda de visão é consequência da destruição das células ganglionares, uma estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e responsáveis pela condução das imagens da retina até ao cérebro.
O aumento da pressão decorre da falta de drenagem dentro dos olhos. Os olhos humanos produzem o humor aquoso, um líquido transparente, constituído por água e sais dissolvidos. Tem como função nutrir a córnea e o cristalino, além de regular a pressão interna do olho. O líquido localiza-se na câmara anterior e posterior do globo ocular.
A câmara anterior localiza-se entre a córnea e a íris e a posterior entre a íris e o cristalino. O humor aquoso é produzido e drenado constantemente, mantendo a pressão ocular normal. Caso a drenagem não seja feita nas mesmas proporções, a pressão intraocular aumenta, provocando glaucoma.
Não existe um determinado valor da pressão intraocular para gerar o aparecimento da doença, ou seja, uma pessoa pode desenvolver o glaucoma com uma pressão relativamente baixa e outra pode desenvolver com uma pressão mais alta.
Tipos de glaucoma
Existem diferentes tipos de glaucoma:
- Primário de ângulo aberto (ou crônico);
- De ângulo fechado;
- Congênito;
- Secundário.
O glaucoma crônico, ou de ângulo aberto, que representa a maior parte dos casos, incide em pessoas acima de 40 anos e pode ser assintomático. Ele é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular.
A principal característica do glaucoma de ângulo fechado é o aumento súbito de pressão intraocular.
O glaucoma congênito (forma mais rara) acomete os recém-nascidos, enquanto o secundário é decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes e cataratas, por exemplo.
Em caso de suspeita da doença, é imprescindível procurar assistência de um oftalmologista capacitado. Somente um médico especialista poderá diagnosticar qual o tipo de glaucoma de cada paciente.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais frequentes do distúrbio são manchas escuras no campo visual periférico, olhos vermelhos, alta sensibilidade à luz, olhos lacrimejantes, dores nos olhos e dores de cabeça.
Entretanto, os sintomas normalmente só são percebidos quando a doença já está em estágio mais avançado. O início da enfermidade pode ser assintomático ou com sintomas quase imperceptíveis, fazendo com que o glaucoma tenha uma progressão silenciosa.
Caso não seja tratada, a doença pode levar à lesão permanente do nervo óptico, causando alteração progressiva do campo visual, podendo progredir para a cegueira.
Glaucoma tem cura?
O glaucoma não tem cura. No entanto, existem formas de se controlar a doença, que permitem ao paciente viver uma vida praticamente normal.
Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as probabilidades de se evitar a perda da visão. Na maioria dos casos, desde que o glaucoma seja tratado adequadamente, é possível controlar a doença.
Tratamento da doença
O tratamento tem como objetivo reduzir ou estabilizar a pressão intraocular. Quando este objetivo é atingido, o dano das estruturas oculares, principalmente do nervo óptico, pode ser evitado.
Casos em estágio inicial podem ser tratados com colírios e lasers. Alguns pacientes, no entanto, podem necessitar de tratamento cirúrgico para reduzir a pressão intraocular para níveis mais baixos. A cirurgia visa diminuir a produção do humor aquoso e/ou aumentar o fluxo de drenagem, assim reduzindo a pressão nos olhos.
O melhor tratamento será indicado por um médico, baseado na progressão da doença e na resposta de cada paciente ao tratamento.
Faça acompanhamentos regulares com um oftalmologista, e caso perceba os sintomas de glaucoma, procure imediatamente seu médico de confiança.