CIRURGIA OCULOPLÁSTICA (PÁLPEBRAS/ÓRBITA/VIAS LACRIMAIS)

Cirurgia de Pálpebras

Com o envelhecimento, ocorre a perda de volume, a queda dos tecidos e flacidez dos ligamentos faciais ocorrendo o que chamamos de inversão do triângulo da juventude.

O rosto envelhecido apresenta rugas estáticas, aumento da frouxidão cutânea, órbitas encovadas, região temporal encovada. Há a queda do terço médio da face.

A Blefaroplastia superior e inferior estão entre os procedimentos cirúrgicos  estéticos faciais mais realizados. A região dos olhos é o local em que notamos primeiramente as influências do passar do tempo.  Por isso a blefaroplastia é umas das cirurgias mais solicitadas.

1. Como funciona o procedimento da blefaroplastia?

A blefaroplastia tem por objetivo eliminar ou diminuir a dermatocalase, que é o excesso de pele na região das pálpebras, tanto superiores quanto inferiores, e que pode ou não, ser acompanhada de excesso de bolsas de gordura.

O procedimento é feito através de incisões que ficam escondidas nas pregas naturais das pálpebras no caso das pálpebras superiores e baixo da linha dos cílios, ou trasnconjuntival, em que não existe cicatriz na pele, no caso das pálpebras inferiores. Estas incisões, no início um pouco elevadas, firmes a avermelhadas, mas com o processo de cicatrização e maturação, ficam muito discretas e praticamente imperceptíveis , dependendo da característica da pele.

A anestesia pode ser somente local ou local com sedação. O anestesista acompanha todo o procedimento.

2. Qual o tempo médio da cirurgia?

É uma cirurgia que é feita em nível ambulatorial, ou seja, o paciente vem, faz a cirurgia e após a liberação do anestesista ou do médico responsável, vai para casa. Não é necessária a internação. O tempo de duração é variável dependendo do que será necessário corrigir com a cirurgia, mas em média de 45 a 90 minutos para blefaroplastia superior e de 90 min a 2,5 horas para blefaroplastia superior e inferior juntas.

3. Quando é indicado realizar a blefaroplastia?

A indicação ou não do procedimento depende de uma avaliação médica abrangente. A blefaroplastia superior pode ser realizada por razões funcionais e estéticas. Algumas das indicações funcionais incluem: Desmatocalase pálpebral superior comprometendo o eixo visual e bloqueando a visão periférica, dermatocalase associada a queda dos cílios que causam irritação ocular. Algumas indicações estéticas incluem: dermatocalase esteticamente desagradável, assimetria de sulcos e pregas palpebrais, excesso de bolsas de gordura, entre outras. Há ainda situações em que a cirurgia poderá ser contraindicada como no caso de olho seco severo, retrações palpebrais e lagoftalmo e pacientes com expectativas irreais sobre os resultados.

 4. Após a cirurgia, quais são os cuidados necessários?

Para diminuir o tempo de recuperação estão indicados no pós-operatório imediato, compressas de gelo ou soro fisiológico gelado, repouso em casa, cabeceira elevada e cuidados locais das feridas com aplicação de pomadas antibióticas cicatrizantes. São prescritos analgésicos comuns, mas na maioria dos casos estes são pouco ou não necessários.

A longo prazo cuidado com os raios UV do sol sobre a área operada, com uso de protetor solar, chapéus e bonés e acompanhamento e tratamento da qualidade da pele com o dermatologista.

5. O resultado é permanente ou depois de alguns anos é necessário realizar a blefaroplastia novamente?

A duração do resultado é variável de paciente para paciente, na dependência novamente das características anatômicas, genéticas, características da pele, hábitos de vida com tabagismo, e exposição solar, cuidados gerais com a pele. Em média, podemos dizer que o procedimento pode durar de 10 a 15 anos.  Se necessário e, na dependência de avaliação, a cirurgia pode ser repetida.

6. Existe uma idade específica para poder realizar a cirurgia?

Não existe um idade específica. O problema ocorre em qualquer idade. Em pacientes mais jovens geralmente os resultados estéticos da cirurgia podem ser mais acelerados devido as características da pele do indivíduo mais jovem.

7. Os olhos ficam inchados e com hematomas depois da cirurgia?

Sim. Os hematomas absorvem após algum tempo assim como o inchaço.  Tal absorção é na maioria dos casos, rápida (uma a duas semanas).

8. Em quanto tempo é possível notar os resultados da cirurgia?

Logo após o procedimento já se inicia o processo de cicatrização da ferida operatória, que tem várias fases. Os resultados são progressivos com a melhora da estética dia após dia. Logo na primeira ou segunda semana, após a absorção do edema e hematomas já podemos notar a melhora estética. Os resultados definitivos com a continuação da maturação da cicatriz podem ser notados de três a seis meses.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

Vias Lacrimais

São canais de evacuação das lágrimas pelo nariz. Em caso de estenose das vias lacrimais, o lacrimejamento pode ocorrer e interferir com o dia a dia. A estenose ocorre ao nível do canal lacrimo nasal ou em qualquer altura do sistema de drenagem das vias lacrimais.

Várias técnicas cirúrgicas corrigem a anomalia, chamadas de dacriocistorrinostomias.

Cirurgia das Vias Lacrimais

Utilizada para corrigir a obstrução das vias lacrimais, quando do lacrimejamento excessivo, ou infecções de repetição. Pode ser realizada por via anterior ou endonasal.

Sondagem Lacrimal

Serve para o diagnóstico de obstrução lacrimal, nos casos de lacrimejamento excessivo, e pode ser até mesmo, ser o procedimento curativo em crianças.

Saiba mais!

Quais as causas de lacrimejamento em um adulto?

O lacrimejamento no adulto pode-se dever ao excesso de produção de lágrimas ou à impossibilidade de escoamento dessa lágrima.

O que pode levar ao excesso de produção de lágrima?

Qualquer fator “irritativo”, como corpo estranho, cílios tocando o olho, alergias e outros, pode funcionar como um “gatilho” e induzir ao lacrimejamento reflexo.

Olho seco pode levar ao lacrimejamento?

Sim, o olho possui um lacrimejamento basal (que mantem o olho lubrificado) e um lacrimejamento reflexo – como o próprio nome já diz, é uma resposta a algum evento que o incita. Olho seco leva à irritação ocular e consequentemente induz um lacrimejamento reflexo, logo, de uma forma paradoxal, olho seco pode levar à lacrimejamento.

Como acontece, no adulto, o lacrimejamento por dificuldade de escoamento, também chamado Epífora?

As vias de drenagem da lágrima incluem desde o ponto lacrimal (superior e inferior), canalículos, canalículo comum, saco lacrimal, ducto nasolacrimal e sua abertura, no nariz, no meato inferior, abaixo da concha inferior. Uma obstrução em qualquer ponto desse trajeto vai acumular lágrima “à montante” e levar ao lacrimejamento

Todas as causas de lacrimejamento são resolvidas cirurgicamente?

Geralmente as causas obstrutivas (epífora) são resolvidas com cirurgia.

Qual outro motivo pode levar à dificuldade de escoamento que não seja uma obstrução das vias lacrimais?

Quando a “bomba lacrimal”, ou seja, a função do piscar, que impulsiona essa lágrima para o seu escoamento não está funcionando. Podemos ver isso em casos de paralisia do nervo facial, traumas que interfiram com a anatomia palpebral e consequentemente com o piscar dos olhos.

Órbita

Descompressão Orbitária.

Cirurgia indicada para a correção dos problemas decorrentes do Exotalmo, originado nos casos de doença da tireoide, onde o paciente apresenta o aspecto de olhar esbugalhado.

Descompressão de órbita é um procedimento cirúrgico para o tratamento da proptose ocular ou exoftalmo, que é a projeção dos olhos para fora da órbita. Na maioria das vezes essa cirurgia faz parte da reabilitação cosmético-funcional dos pacientes acometidos pela doença de Graves.

Técnicas usadas na descompressão de órbita

A descompressão de órbita compreende uma grande variedade de técnicas e tem como objetivo dar mais espaço para olho acomodar-se na órbita. Dentre as técnicas podemos citar a retirada óssea, combinada ou não a remoção da gordura. A descompressão óssea pode ser de parede medial, inferior e lateral (anterior ou profunda).

A técnica escolhida deve ser sob medida para cada caso. Com a utilização de técnicas minimamente invasivas os resultados são satisfatórios, com cicatrizes pouco visíveis, baixo índice de estrabismo pós-operatório e curto período de recuperação.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

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