A Injeção Intravítrea de antiangiogênico ou Intraocular é uma técnica revolucionária para o tratamento de uma série de doenças que prejudicam a Retina, incluindo principalmente a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), a Retinopatia Diabética e a oclusão de veias da Retina. Menos comumente, a técnica também é utilizada para tratar casos de Endoftalmite, Uveíte, Edema Macular Cistoide e a Membrana Neovascular de Coroide.
O que é a Injeção Intravítrea?
Nesse procedimento, é realizada a aplicação de injeção no olho, liberando medicamentos específicos em um local do olho chamado Vítreo (ou Humor Vítreo), uma região que contém uma massa gelatinosa, transparente e incolor que preenche o espaço do globo ocular entre o Cristalino e a Retina. Uma de suas funções é manter posicionada a Retina, evitando assim o seu descolamento.
Conheça um pouco mais sobre a DMRI e Retinopatia Diabética.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
Algumas doenças com potencial risco para a visão atingem, predominantemente, a terceira idade. A degeneração macular relacionada à idade – DMRI – é uma delas. A doença é causada pela degeneração da mácula, estrutura localizada na parte posterior do olho e responsável pela visão central. Responsável por 8,7% de toda a cegueira devido a doenças oculares, ela atinge em torno de 3.000.000 de pessoas e a tendência é que esse número aumente como consequência do envelhecimento da população, devendo dobrar em alguns anos*.
Retinopatia Diabética
O diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina, que é a região conhecida como “fundo de olho”, causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede, o que ocasiona deformidades conhecidas como microaneurismas. Esses microaneurismas frequentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina. Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. Em ambos os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou total da visão.
Retinopatia Diabética Exsudativa: ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, que é necessária para a visão central, usada para a leitura.
Retinopatia Diabética Proliferativa: surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados “neovasos”. Estes novos vasos são extremamente frágeis e também podem sangrar. Além do sangramento, os neovasos podem proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina e dificuldades de visão. A proliferação dos neovasos também pode causar cegueira em consequência de um descolamento de retina.
*Fonte: CBO_Revista Veja Bem e site HOB.
Publicação: 11.11.2022