Você já ouviu falar em blefarite?
O problema é bastante comum e frequentemente confundido com outra doença ocular: a conjuntivite. E não é para menos, afinal, os sintomas são bastante semelhantes. Ocorre que essa confusão pode atrasar a busca por ajuda especializada, retardando diagnóstico correto. Como consequência, pode haver sérias complicações relacionadas à visão.
A blefarite ocorre devido ao excesso de oleosidade presente nas pálpebras. Essa alteração pode ser causada por diversos fatores, como infecções, dermatite seborreica e alterações hormonais, por exemplo. Já a conjuntivite é caracterizada pela inflamação da conjuntiva, mucosa que reveste a região posterior da pálpebra e pode ocorrer por causas bacterianas, virais e alérgicas.
Alguns sintomas são comuns a ambas as doenças, como vermelhidão, coceira e lacrimejamento, mas, na blefarite, podem ocorrer outros incômodos, especialmente em casos mais graves, como inchaço da pálpebra, quedas dos cílios, formação de crostas, abscessos e úlceras superficiais. Entre as possíveis complicações, é possível destacar o olho seco.
A qualidade da visão também é afetada e pode ser agravada quando o paciente desenvolve também a disfunção lacrimal. Em caso de cirurgias oculares, a blefarite pode aumentar o risco de infecções. Não há cura, mas existem tratamentos eficazes. A conjuntivite, por sua vez, dura de 7 a 15 dias, em média.
No caso da blefarite, existem medidas que podem promover o alívio dos sintomas, como lágrimas artificiais, pomadas e compressas. Além disso, é importante manter a região sempre limpa. No mais, é importante identificar e tratar a causa do problema, a fim de prevenir repetições. Em casos mais graves, antibióticos e anti-inflamatórios podem auxiliar o tratamento.
Para a conjuntivite, o tratamento varia de acordo com o tipo, mas, assim como na blefarite, limpeza adequada e compressas frias podem ajudar a aliviar os sintomas. Medicamentos orais e colírios só podem ser usados sob prescrição médica. Lembre-se: não busque tratamentos por conta própria, pois a automedicação pode causar sérias complicações.
No dia a dia, higienize os olhos, cuide da alimentação, evite coçar e o contato com agentes que podem favorecer o desenvolvimento de inflamações, como fumaça e maquiagens fora do prazo de validade. Na presença de sintomas, consulte seu oftalmologista!
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Fonte: CBO Revista Veja Bem
Publicação: 21.06.2022